segunda-feira, 24 de junho de 2013

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM  - MEU PRIMEIRO BEIJO
PÚBLICO-ALVO:  9º ANO A
DURAÇÃO: 6 a 8 aulas.
I-                  Aquecendo a leitura.
Finalidade da leitura: fruição e ativação das estratégias de leitura.
1-                 Em grupos, solicitar que os alunos façam uma pesquisa com roteiro:
a)Autor: Antônio Barreto.
- Obra: Balada do primeiro amor.
b) apresentação dos grupos com intervenção do professor, complementando a fala dos alunos e direcionando para o gênero.
      2- Levantamento de conhecimentos prévios.- Mostrar imagem da obra.

- Mostrar imagem do autor.
- Explorar o título;
- Destacar o capítulo a ser lido (informar o conteúdo do livro);
- Apresentar o título do capítulo;
- Explorar a palavra “beijo”;
- Mostrar a tela “O beijo” (Pintura acrílica sobre tela. Título:O beijo - Dimensão: 20 x 30 cm. -Autor:HRubiales (sem moldura))
- Expectativas de leitura;
3- Checagem de hipóteses
- Leitura do texto “Meu primeiro beijo”, de Antônio Barreto e inferências.
- Leitura compartilhada.
- Divisão da sala em agrupamentos produtivos para pesquisa de vocábulos, não inferidos pelo contexto, no dicionário.
4- Trabalhando os elementos da narrativa
- O quê aconteceu? Onde? Quando?
- Estrutura da narrativa: enredo.
5- Saboreando a leitura
- O personagem descreve um turbilhão de sensações a partir de sua experiência com o primeiro beijo. Você também já as vivenciou?
-Por que o rapaz é chamado de “cultura inútil”?
- Para a protagonista, como foi sua experiência em relação ao seu primeiro beijo? Em que parágrafo podemos constatar isso?
II- Entrelaçando a leitura
6- Percepção das relações de intertextualidade.
Intertextualidade
- texto “O primeiro beijo”, de Machado de Assis.
- música: “Primeiro beijo”, de João Victor e Raphael.
Apreciação de valores éticos e/ou políticos.
-Na sua opinião há situações e/ou locais em que o beijo é inadequado? Comente.



Referências







BARRETO, Antônio. “Meu primeiro beijo”. In: Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-136.

 DOLZ, J. M.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e Progressão em expressão oral e escrita – Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. M. et al. Gêneros orais e escritos na escola. 2. Ed. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010. p. 35-60. Tradução e organização de R. H. R. Rojo e G. S. Cordeiro.

 ROJO, R. H. R. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. Texto de divulgação científica elaborado para o Programa Ensino Médio em Rede, Rede do Saber/CENP_SEE-SP e para o Programa Ler e Escrever - Desafio de Todos, CENPEC/SME-SP. SP: SEE-SP e SME-SP, 2004. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias. São Paulo: SEE, 2010.



SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM  - MEU PRIMEIRO BEIJO
PÚBLICO-ALVO:  9º ANO A
DURAÇÃO: 6 a 8 aulas.
I-                  Aquecendo a leitura.
Finalidade da leitura: fruição e ativação das estratégias de leitura.
1-                 Em grupos, solicitar que os alunos façam uma pesquisa com roteiro:
a)Autor: Antônio Barreto.
- Obra: Balada do primeiro amor.
b) apresentação dos grupos com intervenção do professor, complementando a fala dos alunos e direcionando para o gênero.
      2- Levantamento de conhecimentos prévios.- Mostrar imagem da obra.

- Mostrar imagem do autor.
- Explorar o título;
- Destacar o capítulo a ser lido (informar o conteúdo do livro);
- Apresentar o título do capítulo;
- Explorar a palavra “beijo”;
- Mostrar a tela “O beijo” (Pintura acrílica sobre tela. Título:O beijo - Dimensão: 20 x 30 cm. -Autor:HRubiales (sem moldura))
- Expectativas de leitura;
3- Checagem de hipóteses
- Leitura do texto “Meu primeiro beijo”, de Antônio Barreto e inferências.
- Leitura compartilhada.
- Divisão da sala em agrupamentos produtivos para pesquisa de vocábulos, não inferidos pelo contexto, no dicionário.
4- Trabalhando os elementos da narrativa
- O quê aconteceu? Onde? Quando?
- Estrutura da narrativa: enredo.
5- Saboreando a leitura
- O personagem descreve um turbilhão de sensações a partir de sua experiência com o primeiro beijo. Você também já as vivenciou?
-Por que o rapaz é chamado de “cultura inútil”?
- Para a protagonista, como foi sua experiência em relação ao seu primeiro beijo? Em que parágrafo podemos constatar isso?
II- Entrelaçando a leitura
6- Percepção das relações de intertextualidade.
Intertextualidade
- texto “O primeiro beijo”, de Machado de Assis.
- música: “Primeiro beijo”, de João Victor e Raphael.
Apreciação de valores éticos e/ou políticos.
-Na sua opinião há situações e/ou locais em que o beijo é inadequado? Comente.



Referências







BARRETO, Antônio. “Meu primeiro beijo”. In: Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-136.

 DOLZ, J. M.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e Progressão em expressão oral e escrita – Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. M. et al. Gêneros orais e escritos na escola. 2. Ed. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010. p. 35-60. Tradução e organização de R. H. R. Rojo e G. S. Cordeiro.

 ROJO, R. H. R. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. Texto de divulgação científica elaborado para o Programa Ensino Médio em Rede, Rede do Saber/CENP_SEE-SP e para o Programa Ler e Escrever - Desafio de Todos, CENPEC/SME-SP. SP: SEE-SP e SME-SP, 2004. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias. São Paulo: SEE, 2010.


 Plano de aula  Irene Braun Bueno

domingo, 16 de junho de 2013

PLANO DE AULA
Enfoque: Leitura
Disciplina: Língua Portuguesa
Séries envolvidas: 8º e 9º ano
Duração: 6 aulas
Texto-Suporte: A Pausa , de Moacyr Scliar
Etapas Procedimentais:
1ª Aula
• Levantamento do conhecimento prévio: significado do título, em que situações a palavra é utilizada, levantamento de hipóteses sobre o assunto do texto;
• Expectativas sobre o autor; após oferecer informações;
• Expectativas em função da formação do gênero “conto”.
2ª Aula
• Confirmação e/ou retificação das expectativas antes da leitura: questionamentos em cada trecho para manter ativo o interesse (pistas lingüísticas); construção do sentido global do texto.
3ª Aula
• Leitura complementar:
 Música: Cotidiano, Chico Buarque
 Depois de ouvirem a música, realizar um debate oral fazendo comparações/referências ao texto “Pausa”
4ª e 5ª Aula
• Filme: Como se fosse a primeira vez.
6ª Aula
• Troca de impressões sobre os textos lidos/ouvidos/assistido.
 
 
 
GRUPO PRESENCIAL   (Grupo 4)
 
Roseli Aparecida Andriani Pigossi
Viviane Mendes
Lidiane Faustinoni
Glaucia Elaine Caldeira
Ricardo Muller
Rosangela Maria Seigo
Inês Aparecida Pereira Conceição Cara
Maria Barbieri
Vera Lucia da Silva Bertolazo

Pausa - Moacyr Scliar 

Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:

— Vais sair de novo, Samuel?

Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.

— Todos os domingos tu sais cedo — observou a mulher com azedume na voz.

— Temos muito trabalho no escritório — disse o marido,secamente

Ela olhou os sanduíches:

— Por que não vens almoçar?

— Já te disse; muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.

A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse à carga. Samuel pegou o chapéu:

— Volto de noite.

As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente; ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas. Estacionou o carro numa travessa quieta. Como pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo.

Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:

- Ah! seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...

- Estou com pressa, seu Raul - atalhou Samuel.

- Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre. - Estendeu a chave.

Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:

- Aqui, meu bem! - uma gritou, e riu; um cacarejo curto.

Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta à chave.Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia d'água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.

Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido;com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata.
Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se e fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a mover-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.

Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.

Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa. Perseguido por um índio montado a cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados; índio acabara de trespassá-lo com a lança Esvaindo-se em sangue, molhado de suor. Samuel tombou lentamente:ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.

Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama,correu para a bacia, lavou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu. Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.

- Já vai, seu Isidoro?

- Já - disse Samuel, entregando a chave. Pagou,conferiu o troco em silêncio.

- Até domingo que vem seu Isidoro - disse o gerente.

- Não sei se virei - respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caía.

- O senhor diz isto, mas volta sempre - observou o homem,rindo.

Samuel saiu.

Ao longo do cais, guiava lentamente. Parou um instante,ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois,  seguiu. Para casa.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem "Meu Primeiro Beijo"

Meu Primeiro Beijo - Antonio Barreto


É dificil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim... 
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos: 
" Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"
E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
E de reperente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.

Público Alvo: 9º ano
Duração: de 6 a 8 aulas
Estratégias de leitura:
1-      Pesquisa elaborada pelo professor sobre o autor:

- autor: Antonio Barreto – Antonio Miguel de Moraes Taborda Barreto
(Porto, Foz do Ouro, 30 de Outubro de 1942) é umcientista social e cronista português.

- obra: “Balada do primeiro amor”

2-      Conhecimento prévio:
- apresentar o livro
- explorar o autor, título, capa, ...
- destacar o capítulo a ser lido
- explorar a palavra “beijo”
- fazer perguntas para a turma relacionada com o tema: o que eles esperam do texto, que eles fechem os olhos e imaginem uma cena relacionada ao tema, quem já deu o primeiro beijo, ....
3-      A leitura...
      - leitura do texto feita pelo professor
      - cada aluno deve ter o seu texto
      - leitura silenciosa feita pelos alunos
4-      O prazer da leitura
      - fundo musical: (sugestão: “Já sei namorar” – Tribalistas)

Professoras:
- Helena Kazuko Nomura Kai – E.E. “Dr. Benedicto Barbosa” – Rancharia
- Letícia Luciano Guimarães Jardim – E.E. “Mário Fiorante” – Rancharia
- Maria Eugênia Sobral Barbosa – E.E. “João Peres Santos” – Rancharia
- Simone Cristina Pagianotto Silva – E.E. “Professor Francisco Balduino de Souza – Chiquinho” – Quatá



domingo, 9 de junho de 2013

Perfil - Ines Aparecida Conceição Cara

Olá, sou a Inês formada em letras, atuo na E.E. Tsuya em Bastos no projeto Sala de Leitura, está sendo uma experiência desafiadora mas estou muito feliz.  Com relação ao curso estou com expectativas positivas.
O Livro grande companheiro para todos os momentos de nossa vida. 
Proporciona-nos viagens fantásticas por lugares nunca antes imaginados. 
 “Um país se faz com homens e livros”. (Monteiro Lobato)

sábado, 8 de junho de 2013

TECENDO A MANHÃ

           "Um galo sozinho não tece uma manhã:
           ele precisará sempre de outros galos.




De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão."

(João Cabral de Melo Neto)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

DEPOIMENTO

                                                                Inês Aparecida



No inicio foi difícil  o contato com a leitura e a escrita, morava na Zona rural  os pais eram analfabeto e não tinha nenhum contato com livros. Entrei na 1ª serie com 7 anos e meio, porque faço aniversario em agosto e alguns lembram que só podia freqüentar com sete anos completo, e não existia no sitio Escola de Educação Infantil. O  meu primeiro contato com livros foi a cartilha Caminho Suave,  eu gostava dos textos e atividades. Quando a professora pedia tarefa para pesquisar letras ou palavras eu aproveitava  o material que tinha em casa que era os jornais das compras que o pai fazia  na mercearia, e não tinha ninguém para ajudar na tarefa e quando fazia errado levava bronca da professora . Lembro-me com saudades das histórias do meu avô que contava ao anoitecer sentado nas paredes do terreirão, e de um programa de rádio aos sábados sobre literatura infantil cada semana era uma história diferente, era meu mundo de imaginação. Tenho recordação do primeiro livro que li na adolescência “ Meu pé de laranja lima” de José Mauro de Vasconcelos.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA


As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, o que resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres.

A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo.

Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não as praticamos. Através da leitura rotineira, tais conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. Dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito de ler; e talvez nem as teríamos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais amplo e diversificado.

Durante a leitura descobrimos um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas.
O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem; é a leitura, no entanto, que proporciona a capacidade de interpretação.
Toda escola, particular ou pública, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica.


OBJETIVOS GERAIS:

- Conceituar a leitura e a escrita como um processo complexo e uma prática cultural que ocorre em um determinado contexto de experiências individuais e sociais, de conhecimento sobre o mundo e sobre a linguagem.

- Utilizar-se da linguagem e saber colocar-se como protagonista do processo de produção de leitura e escrita e também, de entender os princípios das tecnologias de comunicação e da informação, como no caso de BLOGS.

- Sequência didática:
Criação do Blog do curso Melhor Gestão, Melhor Ensino do AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), apresentando o depoimento sobre a experiência na leitura e na escrita.



DEPOIMENTO:

"Fui criada numa família de agricultor, onde meu pai prezava muito que os filhos estudassem e que fizessem a faculdade. Era o sonho do meu pai, um descendente da família oriental, de maneira que enchia a casa principalmente de bons dicionários e famosas enciclopédias e revistas de "Mangá "" para variar.Logo comecei a interessar pela leitura, enfim, entre duas culturas opostas e diferentes, fui adquirindo o gosto pela leitura e encantamento pelas palavras. Porém, nesse percurso de variadas leituras, eu me lembro que me marcou imensamente, quando li o livro "Meu pé de laranja lima ", do autor José Mauro de Vasconcelos. E isso no raiar da minha adolescência. E na época, foi rodado um filme sobre esse livro, por sinal foi um sucesso de bilheteria.O porém é que, naquele mundo de "tecnicista"e de cheias de regras, onde meu pai reinava , e estimulava folhear sistematicamente as páginas de enciclopédias, esse livro, me tocou profundamente. Daí por diante, adquiri gosto pela leitura e principalmente de ler prazerosamente.Esse legado foi o gatilho que me conduziu para o mundo mágico da leitura. E essa observação costumo recomendar para todos os meus alunos e incentivar a ler constantemente."


(Helena Kazuko Nomura Kai)



Blog "PalavrasVerdesRancharia"

Biblioteca Verde

"Tenho de ler tudo.                                                
Antes de ler, que bom passar a mão.
no som da percalina, esse cristal.
de fluida transparência: verde, verde.
Amanhã começo a ler. Agora não.

Agora quero ver figuras. Todas.
Templo de Tebas, Osíris, Medusa,
Apolo nu, Vênus nua... Nossa
Senhora, tem disso nos livros?
Depressa, as letras. Careço ler tudo.
A mãe se queixa: Não dorme este menino

Mas leio, leio. Em filosofias
tropeço e caio, cavalgo de novo
meu verde livro, em cavalarias
me perco, medievo; em contos, poemas
me vejo viver. Como te devoro,
verde pastagem. Ou antes carruagem
de fugir de mim e me trazer de volta
à casa a qualquer hora num fechar
de páginas?"

(Carlos Drumond de Andrade)


Depoimento do grupo 3 "Construindo Blog" - representada pela cursista HELENA KAZUKO NOMURA KAI e demais participantes FATIMA DO CARMO OLIVEIRA, GUIOMAR FONTOLAN CHAYAMITI, INES APARECIDA PEREIRA CONCEIÇÃO CARA, IRENE BRAUN BUENO.